Vigolvino
Vanderlei Mariz nasceu em Caicó (RN) no dia 2
de novembro de 1940, filho de Dinarte de Medeiros Mariz e de Diva Vanderlei
Mariz. Seu bisavô José Bernardes de Medeiros foi senador e constituinte de
1891. Seu pai foi importante chefe político do estado, tendo participado das
revoluções de 1930 e 1932, sendo senador de 1955 a 1956, governador de 1956 a
1961 e, novamente, senador de 1963 a 1984, sempre pelo Rio Grande do Norte.
Vanderlei Mariz bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Universidade
Federal Fluminense. Apesar de residir no Rio de Janeiro e de ser pouco
conhecido em seu estado natal, elegeu-se em novembro de 1974 deputado federal
pelo Rio Grande do Norte, tendo sido o mais votado na legenda da Aliança
Renovadora Nacional (Arena) — partido de sustentação ao regime militar
instalado no país em abril de 1964 —, graças ao trabalho político desenvolvido
por seu pai. Assumindo o mandato em fevereiro de 1975, participou nesse ano da
Comissão de Serviço Público e foi suplente da Comissão de Fiscalização
Financeira e Tomada de Contas da Câmara Federal. Em 1977 integrou o grupo de
deputados que pretendia lançar a candidatura do então ministro do Exército
Sílvio Frota — principal nome dos setores militares contrários à política de
abertura promovida pelo presidente Ernesto Geisel — à sucessão do próprio
Geisel.
No pleito de novembro de 1978 reelegeu-se deputado federal na legenda da Arena,
iniciando novo mandato em fevereiro do ano seguinte. Com a extinção do
bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e a conseqüente reformulação
partidária, filiou-se à agremiação governista, o Partido Democrático Social
(PDS). Tomou parte, ao longo de toda a legislatura 1979-1982, da Comissão do
Interior, tendo sido suplente da de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas
em 1979 e 1981.
No pleito de novembro de 1982 logrou eleger-se pela terceira vez consecutiva
deputado federal pelo Rio Grande do Norte, desta feita na legenda do PDS. Tomou
assento na Câmara dos Deputados em fevereiro de 1983, assumindo posteriormente
a Comissão de Finanças.
Em 25 de abril de 1984 não compareceu à votação da emenda Dante de Oliveira,
que, apresentada na Câmara dos Deputados, propôs o restabelecimento das
eleições diretas para presidente da República em novembro daquele ano. Como a
emenda não obteve o número de votos indispensáveis à sua aprovação — faltaram
22 para que o projeto pudesse ser encaminhado à apreciação pelo Senado Federal
—, no Colégio Eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985, Vanderlei Mariz
votou em Paulo Maluf, candidato do seu partido, derrotado pelo oposicionista
Tancredo Neves, lançado pela Aliança Democrática, uma união do Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB) com a dissidência do PDS abrigada na Frente
Liberal. Contudo, por motivo de doença, Tancredo Neves não chegou a ser
empossado na presidência, vindo a falecer em 21 de abril de 1985. Seu
substituto foi o vice-presidente José Sarney, que já vinha exercendo
interinamente o cargo, desde 15 de março deste ano.
Candidato derrotado ao Senado constituinte pelo PDS no pleito de novembro de
1986, deixou a Câmara dos Deputados em janeiro do ano seguinte. Atuou como suplente
na Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas e na Comissão de
Finanças.
Em 1987, assumiu o cargo de secretário do Interior e Justiça do governo de
Geraldo Melo (1987-1991), função mantida até o ano seguinte. Em 1989, abandonou
a vida pública, passando a dedicar-se exclusivamente ao exercício da advocacia
em Natal.
Em novembro de 2003, seu nome constou de uma relação de sócios das emissoras de
rádio e televisão, elaborada pela Secretaria de Serviços de Comunicação
Eletrônica, do Ministério das Comunicações, como um dos sócios da rádio A Voz do Seridó Ltda.
Na tentativa de retornar à política, em outubro de 2008 candidatou-se a
prefeito de Caicó pela legenda do Partido Social Democrata Cristão (PSDC), mas
foi derrotado por Rivaldo Costa, do Partido da República (PR).
Em 2009, seu nome integrava a lista dos sócios da Associação
Norte-Rio-Grandense de Criadores (ANORC).
Foi casado com Elisabete Machado Vieira Mariz, com quem teve três filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1975-1979
e 1983-1987); INF. BIOG.; Jornal do
Brasil (18/11 e 28/12/74, 15 e 21/ 7/75 e 1/7/76); NÉRI, S. 16; Perfil (1980); Tribuna do Norte (5/10/08); Veja (19/10/77); www.anorc.com.br (Acesso
em 26/8/09); www.nominuto.com (Reportagem publicada em 9/8/08. Acesso em
27/8/09); www.observatorio.ultimosegundo.ig.com.br (Acesso em
26/8/09); www.tse.gov.br (Acesso em 27/8/09).
FONTE
FGV
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